Estudos Bíblicos

O Marido cristão e o seu papel – Parte II

As verdades do casamento e sobre o marido cristão, segundo a vontade de Deus.

Iremos continuar a nossa abordagem do ensino bíblico para o Marido Cristão.

No artigo anterior falamos dos princípios de Deus para o casamento, que foram estabelecidos no início da criação com os primeiros seres humanos, Adão e Eva.

Aprendemos que estes princípios não foram revogados, e que mesmo após 4 milênios permaneciam os mesmos, como ensinou Jesus Cristo aos seus discípulos.

 

No estudo de hoje iremos nos aprofundar nas verdades de Deus para o Casamento cristão e o Marido cristão, analisando os pontos a seguir:

 

  • Deus fez macho e fêmea,
  • O homem deixará pai e mãe,
  • O homem se unirá a sua mulher, e
  • Ambos serão uma só carne.

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 Mas vamos para ao nosso estudo:

 

Deus fez Macho e Fêmea.

Tanto no Evangelho de Mateus, quanto no evangelho de Marcos Jesus disse: 

Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez. 

Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.

 

Na visão bíblica, que não é necessariamente igual à visão do “politicamente correto”, a união em casamento é feita entre um homem e uma mulher. 

E em toda a Bíblia, seja no Antigo Testamento, seja no Novo Testamento, nós encontramos os servos de Deus, inspirados pelo seu Santo Espírito, sempre seguindo nesta mesma direção. 

Embora vivamos numa sociedade onde a união de pessoas do mesmo sexo seja “normal”, diferente do padrão estabelecido por Deus desde o princípio, não cabe ao cristão confrontar ou tentar fazer com que o mundo pense diferente, pois, apesar de estarmos no mundo, não somos dele. 

Ao cristão cabe santificar-se, separar-se do mundo e das suas práticas, ainda que, antes, andássemos neste mesmo curso, fazendo as vontades da nossa carne. 

Mas agora, por crermos em Cristo como nosso salvador, somos nova criação.

E como tal, temos boas obras preparadas pelo nosso Deus e Pai, para que andemos nelas enquanto estivermos aqui.

Veja João 17: 5 a 21, I João 2: 15 a 17 e Efésios 2: 1 a 10:

E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti; Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

 

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

 

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

O homem deixará pai e mãe.

 

Aqui começamos a focar um pouco mais no que é a vontade de Deus para o Marido Cristão

Para começarmos a analisar este princípio vamos ler também Efésios 6: 1 a 3:

Vós, filhos, sede obedientesvossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

 

Precisamos entender três orientações diferentes, para momentos distintos da fase da vida do ser humano:

  1. Ser obediente aos pais no Senhor.
  2. Honrar pai e mãe.
  3. Deixar pai e mãe.

 

Observando atentamente a passagem de Efésios vemos duas orientações, a primeira diz: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor”, a segunda diz: “Honra (tu) a teu pai e a tua mãe”.

 

Mas qual a diferença?

 

A obediência aos pais no Senhor, diz respeito à sujeição que o filho ou filha deve ter àqueles que têm sobre eles a responsabilidade e autoridade

E esta responsabilidade é abordada logo na orientação a seguir, falando aos pais, no versículo 4 de Efésios 6:

E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

 

A responsabilidade dos pais por seus filhos vai até o dia em que estes passam a assumir as suas próprias responsabilidades com a família que estarão formando. 

Para explicar isto, a imagem que vem a mente é a de uma árvore frutífera, onde a árvore são os pais e o fruto são os filhos. 

A árvore (pais) nutre o fruto (filhos) até que este amadureça. 

Nesta situação o fruto (filhos) é dependente da árvore (pais), a responsabilidade é toda da árvore (pais) e o dever de submeter é do fruto (filhos). 

Quando o fruto (filhos) está maduro se desprende do galho da árvore (pais), deixando de ser dependente da seiva (doutrina dos pais) e do chão irá surgir nova árvore (uma nova família de macho e fêmea) que crescerá e produzirá seu próprio fruto (filhos).

Quando a epístola aos Efésios fala em honra pai e mãe, remete ao mandamento dados por Deus à Israel em Êxodo 20:12.

Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

  Assim como o ordenado nos dez mandamentos, a orientação de Efésios de honra aos pais não limita a reverência e respeito aos pais, ao tempo em que se está sob a responsabilidade destes, mas deve ser dispensada em todo o seu tempo de vida do crente.

Enquanto a orientação relacionada à obediência e à honra aos pais é direcionada aos filhos, sejam homens, sejam mulheres.

A orientação de “deixar pai e mãe” está  relacionada ao homem (macho), como já vimos inicialmente. Assim como está relacionada ao momento em que o homem deixa de estar submisso aos pais e se coloca como aquele que terá a responsabilidade sobre a sua própria casa. 

Importante entender que nessa fase da vida do homem, especificamente, a obediência aos pais deixa de ser devida, entretanto a honra não deixa. 

 

No caso da mulher, a obediência devida aos pais, no Senhor, passa a ser devida ao marido.

Também é importante entendermos que o deixar a seu pai e a sua mãe tem como fim o “e apegar-se-á à sua mulher” ou “e unir-se-á a sua mulher”, e não apenas sair da casa de seus pais. 

 

É inegável que em toda a bíblia identificamos esta relação em que o homem é o responsável por sua mulher e que a mulher está sujeita a esta autoridade que Deus colocou sobre o homem, como observamos na passagem abaixo de Números 30: 2 a 8:

 

Quando um homem fizer voto ao Senhor ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que saiu da sua boca, fará.  Também quando uma mulher fizer voto ao Senhor, e com obrigação se ligar em casa de seu pai na sua mocidade; e seu pai ouvir o seu voto e a sua obrigação, com que ligou a sua alma, e seu pai se calar para com ela, todos os seus votos serão válidos, e toda obrigação, com que ligou a sua alma, será valiosa. Mas, se seu pai se opuser no dia em que tal ouvir, todos os seus votos e as suas obrigações, com que tiver ligado a sua alma, não serão válidos; mas o Senhor lho perdoará, porquanto seu pai lhos vedou.

E, se ela tiver marido e for obrigada a alguns votos ou dito irrefletido dos seus lábios, com que tiver ligado a sua alma; e seu marido o ouvir e se calar para com ela no dia em que o ouvir, os seus votos serão válidos; e as suas obrigações, com que ligou a sua alma, serão valiosas. Mas, se seu marido lho vedar no dia em que o ouvir e anular o seu voto a que estava obrigada, como também a declaração dos seus lábios, com que ligou a sua alma, o Senhor lho perdoará.

 

Em nossa sociedade tais passagens bíblicas podem soar “machistas”, e isto acontece muito em função da falta de compreensão da aplicação dos termos bíblicos, mas também, e principalmente, pela tendência do ser humano em simplesmente desobedecer ao ordenado por Deus

 

Mas, a palavra de Deus como um todo, e mais especificamente, a sã doutrina dada por Deus aos apóstolos do Senhor Jesus; é para aqueles que foram salvos pela graça, mediante a fé, os quais foram novamente gerados por Deus, para as boas obras que o próprio Deus preparou para que estes andassem nelas; e não para incrédulos.

 

Os incrédulos precisam ouvir e crer nas boas novas de salvação de João 3:16 e 17:

 

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem  crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

 

Mas para o crente, salvo em Jesus Cristo, toda a Escritura, divinamente inspirada, é fonte de conhecimento de Deus, que quer que o homem venha ao conhecimento da verdade.

E este conhecimento vem através das sombras, figuras e princípios encontrados no Antigo Testamento, através dos evangelhos que apresentam o Senhor Jesus, o Filho de Deus vindo em carne para o seu povo Israel e Atos dos Apóstolos que conta a transição entre a ideia de Deus tratando com o seu povo escolhido nesta terra e a Igreja (o povo cuja cidadania é dos céus), através do livro das revelações que relatam as coisas que João tinha visto, as que são e as que depois delas hão de acontecer.

E para a igreja, este conhecimento vem, principalmente, através das epístolas que revelam a sã doutrina para a Igreja.  

II Timóteo 3: 16 e 17 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

I Timóteo 2: 3 e 4 Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

 

Após estas considerações, voltemos ao texto de Números 30, nele é possível perceber o princípio da responsabilidade do pai e do marido, sobre sua filha e mulher respectivamente.

Na passagem conseguimos notar a diferença de tratamento de Deus diante de um voto, feito a Ele, por um homem e por uma mulher.

No que tange a mulher, o texto apresenta duas situações:

1 – A mulher vivendo na casa do seu pai, este tem responsabilidade sobre a filha 

2 – A mulher casada, nesta situação o marido é que tem responsabilidade.

 

E podemos observar que esta responsabilidade está relacionada ao voto ao Senhor.

Assim sendo, a autoridade que Deus deu aos pais sobre seus filhos e ao marido sobre sua esposa, não se trata de um poder desmedido, um autoritarismo infundado; mas uma responsabilidade dada a estes, sobre essas mulheres, conduzindo-as e ensinando-as diante do próprio Deus. 

 

Assim como os pais têm a responsabilidade por conduzir seus filhos no caminho do Senhor, o marido tem a mesma responsabilidade com relação a sua esposa.

 

Em suma, quando o homem deixa de estar sob a responsabilidade dos pais, e une-se a sua mulher, ele assume a responsabilidade de conduzi-la como o pai dela fazia ou devia ter feito, perante Deus.

 

Este tema é bem amplo e para que você não perca o interesse no meio do caminho, vou ficar por aqui, e em breve continuaremos com os outros dois tópicos de verdades sobre o casamento: 

  • O homem se unirá a sua mulher, e
  • Ambos serão uma só carne.

Assista ao Vídeo no Youtube:

Hi, I’m Rafael Marvila

Eu sou Rafael Marvila, acima de qualquer coisa, crente em Jesus Cristo. Esposo e pai de família. Servidor público de profissão. Mas criador de conteúdos bíblicos como estudos e reflexões cristãs em vídeo e em texto. Além de conteúdos de música de relaxamento e de mercado digital.

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